LUTA BIOLÓGICA CONTRA A VESPA DAS GALHAS DO CASTANHEIRO

A Câmara Municipal do Sabugal, em parceria com a Associação Portuguesa da Castanha (RefCast), a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC) e a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE), através de candidatura ao PDR, promove de 10 a 31 de maio uma ação de combate à vespa das galhas do castanheiro que abrange várias freguesias do concelho, através de largadas de ‘Torymus sinensis’.

Considerando que o método mais eficaz de combate à vespa é a luta biológica – largada dos parasitoides ‘Torymus sinensis’ que se alimentam das larvas que estão nas árvores e são capazes de exterminar a vespa –, vão ser efetuadas largadas em: Águas Belas, Aldeia Velha, Aldeia do Bispo, Baraçal, Fóios, Nave, Pousafoles do Bispo, Quadrazais, Quintas de São Bartolomeu, Sabugal, Santo Estêvão, Soito, Sortelha, Vale de Espinho e Vila Boa.

‘Dryocosmus kuriphilus yasumatsu’, conhecido como a vespa das galhas do castanheiro, é um inseto que ataca vegetais do género ‘Castanea’, induzindo a formação de galhas nos gomos e folhas, provocando a redução do crescimento dos ramos e a frutificação, podendo diminuir drasticamente a produção e a qualidade da castanha e conduzir ao declínio dos castanheiros.

É atualmente considerada uma das pragas mais prejudiciais para os castanheiros em todo o mundo e que na Europa – particularmente na região mediterrânica – pode constituir uma séria ameaça à sustentabilidade dos soutos e castinçais.

Em Portugal não existem, até ao momento, produtos fitofarmacêuticos homologados para utilizar no combate a esta praga, pelo que é expressamente proibida a aplicação de quaisquer produtos fitofarmacêuticos para controlo da vespa das galhas do castanheiro.

Aviso | Vespa das Galhas do Castanheiro – RefCast

“Os estudos científicos já demonstraram que mais largadas de parasitóide ‘Torymus sinensis’ no mesmo local não encurtam significativamente o tempo necessário para controlo da vespa das galhas do castanheiro pelo que é um desperdício de recursos financeiros insistir em fazer largadas junto de locais onde já foram feitas largadas. Estas conclusões têm sido exaustivamente apresentadas em jornadas técnicas realizadas em Portugal. ESTE É O MOMENTO DE ESPERARMOS QUE O PARASITÓIDE SE INSTALE E COMECE A DOMINAR A PRAGA DE FORMA VISÍVEL. É O TEMPO DE TODOS AJUDARMOS A QUE O PARASITÓIDE SE INSTALE DE FORMA EFICAZ, NÃO FAZENDO AÇÕES ERRADAS NO SOUTO.”

Cada largada compreende uma cobertura de 2 km de distância entre largadas. Mais não quer dizer melhor.

Para mais informações, consulte o site da RefCast e este artigo.

Ainda neste âmbito, pode consultar o Edital 35/2021 e o Edital 72/2020.

Plano de largadas de ‘Torymus sinensis’ para Portugal a realizar no ano 2021

Relatório de acompanhamento 2020 BioVespa – Luta Biológica contra a Vespa das Galhas do Castanheiro – Uma estratégia global