PR10 – Rota do Carrascal

Ficha Técnica

Nome do Percurso: Rota do Carrascal

Localização: Rebolosa

Ponto de Partida: Rebolosa, Largo de Santa Catarina, perto do edifício da Junta de Freguesia

Ponto de Chegada: Rebolosa, Largo de Santa Catarina, perto do edifício da Junta de Freguesia

Tipo de Percurso: Pequena Rota Circular

Âmbito: Ambiental, paisagístico e cultural

Distância: Distância total a percorrer 11,1 km

Altitude Máxima e Mínima: 861 e 760 m

Duração: 3 horas

Grau de Dificuldade: Fácil

Época Aconselhada: Todo o ano

PR10 (Descrição do percurso)

A Rota do Carrascal inicia-se na Rebolosa, no largo de Stª Catarina, padroeira local, e segue para os lameiros a sul da aldeia, passando ao lado do lavadouro e da antiga capela quinhentista de S. Sebastião. Na bifurcação, recomenda-se o sentido anti-horário que nos leva à Fonte dos Prados e a sair da aldeia junto do monumento à Capeia Arraiana, num troço do percurso coincidente com a GR22 – Grande Rota das Aldeias Históricas.

Separando-se as rotas, atravessa-se a estrada e a nossa vista alcança a antiga Atalaia do Carrascal mesmo antes do monte e miradouro com o mesmo nome. Aproveite para ter uma vista panorâmica sobre a aldeia e mais além. A paisagem de carvalhos, azinheiras e carrasqueiros, acompanhada na primavera do cheiro do rosmaninho e do cantar constante do cuco, leva-nos a descer de volta aos lameiros e a encontrar a frescura da galeria ripícola da ribeira de Alfaiates. Atravessando o antigo pontão e chegados ao parque de merendas, há tempo para repor a energia tendo por companhia um velho moinho e o borbulhar da água.

No regresso à povoação, cruza-se novamente a ribeira, a GR22 e o alcatrão junto ao campo da bola, conduzindo o trilho de novo ao Vale da Vila e à sombra dos freixos que ladeiam os lameiros. À chegada, não deixe de visitar as estruturas comunitárias da eira e do forno e a Igreja de Stª Catarina a menos de 100m de distância.

Uma rota, um território, uma identidade

De âmbito paisagístico, cultural e ambiental, a Rota do Carrascal deve o seu nome às carrasqueiras (azinheiras) e ao Monte do Carrascal, objecto desde sempre do afeto da população que ainda hoje faz dele local privilegiado e de veneração.

A paisagem em redor emana força telúrica – vinda dos afloramentos rochosos e muros de pedra, das terras trabalhadas, da vivência ligada à terra. Na Rebolosa, os tons da terra são também os tons do granito que marcam as casas, as calçadas, o património religioso e as eiras comunitárias. Na envolvente, singelos muros definem o mosaico de terrenos de cultivo, searas e lameiros que abraçam o povoado em tons de verde e dourado.

Mas o valor desta caminhada não se cinge ao património construído ou natural ou à ligação intrínseca do Homem à terra. Estende-se ao intangível das tradições e à Capeia Arraiana que o povo não deixa esquecer e que enche a aldeia de cor e vida por agosto adentro. A união atrás do forcão simboliza a identidade e sentido de comunidade da Rebolosa. Uma identidade que se convida a descobrir pelos caminhos da Rota do Carrascal.

Sabia que…

O nome “Rebolosa” apresenta duas possíveis origens? Por um lado, poderá derivar do termo “reboleiro”, designação dada aos carvalhos pequenos presentes em abundância neste território. Por outro lado, chama-se de “rebolos” às pedras de afiar e às mós presentes nos antigos moinhos da aldeia, nas margens da Ribeira de Alfaiates.